Somos jovens. Todos já foram jovens, todos cresceram, muitos morreram, e todos iremos morrer. Até agora é matemática. Aquilo que devemos fazer enquanto pudemos, enquanto respiramos, é um assunto extremamente delicado e muito menos prático. A vida não “são dois dias”! A esperança média de vida deve rondar os 80 anos no nosso caso e portanto não há desculpas para não passarmos todos os momentos que conseguirmos a existir. Existir não é somente respirar, comer, dormir, existir hoje em dia é muito mais pensar, ser, estar. Os problemas com que nos deparamos na actualidade não são os mesmos que eram, são problemas actuais que parecem por vezes nem exigir a mínima atenção dos jovens.
Desengane-se quem achar que os jovens não devem ter um papel fundamental na nossa sociedade, desengane-se quem achar que a maior parte dos jovens querem esse papel.
Todos pensam que nos conhecem, a nós, aos jovens. Marcas, carros, gajas, álcool, festas e outras futilidades que não valem a pena serem escritas. Esta não é a nossa essência, nem é um terço daquilo que nos ocupa a cabeça, todos pensamos, nem que seja egoistamente em nós próprios, todos temos ambições e certamente, já tão novos, todos temos desilusões, desgostos e tristezas. Não é fácil criar valores nesta sociedade, não é fácil crescer neste meio contudo temos de acreditar em cada um de nós, e em nós todos.
Uns sabem-no, uns ignoram-no, por enquanto, uns esquecem-no, uns perdem-no, mas eventualmente todos temos de perceber que há poucas coisas na vida que fazem sentido e ainda menos são aquelas que tem verdadeiro valor, mas uma das mais importantes é, sem qualquer dúvida, fazer do sítio onde estamos, um lugar melhor e fazer tudo para que as pessoas que nos rodeiam possam ser felizes e ter as mesmas hipóteses que nós. Compaixão, é uma palavra que pode demorar a compreender e, sinceramente nem gosto da palavra em si, mas a compaixão é uma das principais razões para a existência da raça humana, para a existência de todos nós. Puderemos ser acusados de muita coisa, e somos jovens, vamos errar, mas enquanto a falta de compaixão não for uma delas, estamos no bom caminho.
Bem Vindos ao Blog.
MBM
sábado, 11 de abril de 2009
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Gostei, sim Martinho, sempre com o teu lado muito humano, mas nao te podes esquecer q nao e so a compaixao que faz dos Homens, Homens. Há tambem o egoismo,a ganancia, a avareza, o relaxamento, o desinteresse, etc...
ResponderEliminarExistem também todos os seus opostos,e que tambem ajudam a construir cada um de nós, no entanto, apesar de nos custar a ver e mais ainda a assumir, a nossa geraçao cada vez mais se nutre por sentimentos despresiveis no lugar da nobreza que tu falavas.
Quanto a "Marcas, carros, gajas, álcool, festas e outras futilidades que não valem a pena serem escritas. Esta não é a nossa essência, nem é um terço daquilo que nos ocupa a cabeça", a nós confesso que julgo não ser, mas à maioria da nossa geração rasca,nao duvido.
É isso mesmo que estamos a tentar mudar...
Ao contrario de vocês acho que "Marcas, carros, gajas, álcool, festas e outras futilidades que não valem a pena serem escritas" fazem parte dos pensamentos de toda a gente. O que torna esta geração (ultra) rasca é limitar a sua essência a isto.
ResponderEliminarEste facto parece-me particularmente grave, se virmos que a nossa geração dispõe de meios de informação e comunicação que nenhuma outra teve ao seu alcance e que é a primeira geração que nasceu e cresceu sem guerras e opressões com que se preocupar.
Talvez por isso dê tao pouco valor aquilo que tem e que pode vir a perder com a sua falta de informação e conhecimentos: a liberdade. Nao digo isto, apenas, num sentido politico, mas essencialmente, a um nivel filisofico : os menos instruídos têm menos capacidade de fazer escolhas e assim serem livres....
Antençao, eu nao digo que todos esses interesses citados, a nos nao nos interessem, simplesmente nao me expressei tao bem como tu Pedro.
ResponderEliminarQuand eu e o economist dissemos reinar na ignorancia, julgo que, nos referiamos a isso mesmo que disseste, na ignorancia do saber e na lentidao de pensar, e facil aos mais intruidos levarem aqueles menos instruidos a tomarem decisoes erradas, a sumplantalos (culturalmente,economicamente, socialmente, politicamente,etc.) sem problemas de maior...
Este e o problema duma geraçao maioritariamente "não-pensante"...
Acho que não se deve ter compaixão de lutar pelo bem estar dos outros, acho que se cada um fizer pelo seu bem-estar aí atingiremos o bem estar geral. (Qualquer coisa semelhante ao que disse o Adam Smith)..
ResponderEliminarEconomist,
ResponderEliminarIsso é uma forma muito egoista de ver as coisas, de que serve existires se só pensas em ti e no teu bem estar? O que ganhas com isso? Certamente menos do que te comprometeres a ajudar quem precisa e quem provavelmente sem a tua ajuda teria tido uma vida muito pior ou muito mais curta. É lógico que isso não tem qualquer valor económico, mas tudo neste mundo são dólares, euros, libras...?
Eu percebo ambos os pontos de vista.
ResponderEliminarPercebo que ninguém goste de ajudar, quem nada faz para melhorar a sua situação. Mas percebo também, que há quem queira melhorar e nao tenha como. São estes que devemos ajudar, é aqui que devemos ser altruístas, que devemos ser solidarios. Pelo bem da sociedade devemos ajudar quem quer melhorar