terça-feira, 5 de maio de 2009

O porquê de sermos assim.


Eis-me regressado de uma viagem de 4 dias por uma cidade a 2 horas de voo, mas a séculos de distância.

Enquanto estive fora, numa cidade completamente oposta aLisboa, em forma e em comportamento, fiz por reparar nas diferenças entre nós e eles, para tentar compreender o porquê de sermos assim.


As razões do presente estão no passado, pensei no facto e descobrique e as nossas se situam em três datas fatídicas, cujo seu efeito abalou o nosso destino para sempre: 1545 (Concílio de Trento); 1945 (Fim da II Guerra Mundial); 1975 (PREC).


A verdade é que vimos a perder o comboio do desenvolvimento desde o séc XVI, somos um país marcado por desgraças e por erros que nos mancharam o futuro.

Como disse tudo se iniciou naquela época de descobrimentos e de humanismo, ideias novas, renascimento, onde o protestantismo nascia pelo resto da Europa, liderado pelos países do Norte que se mostravam descontentes com os caminhos tomados pela Santa Sé. Nessa data fatídica de 1545 o Papa Paulo III, assustado com os rumos que a fé tomava decidiu convocar todos os cardeais do Mundo conhecido para instaurar uma espécie de Baillout, um plano para salvar uma empresa como Roma que se encaminhava a passos largos para a falência. E foi aí que a Europa se partiu em duas e nós infelizmente ficámos na pior metade.


Nascia assim a contra-reforma com todas as suas implicações, começavam os autos-de-fé, os julgamentos baseados na tortura e as confissões forçadas, tudo motivado por uma espécie de superioridade moral. Mas o que mais prejudicou Portugal nem foram essas demonstrações da barbárie humana mas sim o acto como todo o processo começava: pela simples denúncia não provada.


Isto incutiu a nossa pior qualidade no adn-social do país, o provincianismo levado ao extremo de Eça, a coscuvilhice das porteiras, os boatos actuais dos jovens.

(A falta de privacidade é hoje uma realidade, aliás algo com que nos habituámos a viver, não quero dizer que isto seja mau, simplesmente é, agora as suas implicações a nível económico e quanto ao nível de vida é que são desastrosas).


Depois veio a decadência nacional com a questão do ultimato, a vergonha de um país rebaixado perante o gigante inglês, mostrou muita da nossa génese e falta de garra. Nada disso viria a ser solucionado com Salazar, que indiscutivelmente, não teve um mau papel no pré e durante II Guerra Mundial, mas que não soube quando parar, deixando a oportunidade de 45' e a queda de muitos regimes autoritários, debaixo da hegemonia americana e da bandeira da liberdade, prendendo o país por mais 25 anos (+4 de Marcello) que em nada fizeram sentido.


Quando todo o Mundo girava em torno da III Revolução Industrial e percebia-mos que afinal o capitalismo era uma realidade e que 29' não tinha passado de um rebound (nada que nem de perto nem de longe apagasse aquele século e meio de Adam Smith.. aliás faz-me lembrar outra data) , Portugal perdeu mais uma vez a carruagem, (nem concretizando a sua primeira revolução quando o Mundo já navegava na terceira) e nos reduzimos à pior situação possível: viver a sós.


Pronto, lá veio aquela madrugada de 25 de Abril de 1974, Salgueiro Maia e a sua pandilha (sublinho que tenho a maior das considerações pelo capitão ao contrário do cabrão e assassino do Otelo), um dia lindo cheio de cravos no chão. Mas o pior estava para vir.




Este país é bipolar, tanto ama como odeia, tanto grita como se cala, e foi isso que aconteceu, voámos de um regime autoritário de direita para um domínio da esquerda marxista sob o comando de Moscovo vendo em nós e no seu menino bonito (o Álvaro) um país geograficamente estratégico para a continuação da carta de Varsóvia.

Aqui começou a festa: nacionalizações; manifestações dos padeiros, pedreiros, leiteiros, carteiros, cantoneiros, sapateiros, ferreiros e todos os eiros, ninguém trabalha, tudo caça capitalistas e fica a ideia de que tudo é de todos, (o Marx é que tinha razão e toda a riqueza não passa de sorte, roubo ou herança: de alguém que praticou as duas primeiras).

Veio a CEE, sem dúvida a nossa grande ajuda de hoje, mas pouco mudou, e em cada factor e relatório económico vimos sempre ajudados pelo carro-vassoura.


Agora já estou como o Presidente Mexicano, QUE MAIS NOS PODERIA ACONTECER?!




Ficou-nos a equação: tivemos a contra-reforma, tivemos uma monarquia cobarde que criou a relação mais estranha com as colónias (não as desenvolvendo, não fomentando o comércio não as explorando), uma ditadura de direita parva e sem sentido e um PREC nojento. Tudo isto foi igual a:


Provincianismo

Falta de respeito pelo factor trabalho

Enveja

Intervenção estatal na Economia

Proletarização da sociedade

Políticas fiscais injustas

Combate à riqueza



Agora, bem podemos chorar.











Nota:


Os portugueses têm de entender que só há uma solução na vida, o trabalho, o esforço, o valor acrescentado, a riqueza de cada indivíduo que nos levará a riqueza colectiva.

Tudo começa na produção, no que damos de nós a cada bem, passa pelo que recebemos dos outros mas também no que distribuímos ao bolo do estado (este irá ajudar quem mais precise).

Esse dinheiro que "nasce" e escorre pelas nossas mãos vai ser usado em bilhetes de teatro, livros, cinemas promovendo a cultura, mas também pagará os médicos que ajudarão os doentes, nunca deixaram um pobre sem emprego porque a sociedade de tudo produz e consome e aí os criminosos não terão necessidade de existir.

Esta é a fórmula da felicidade.


Ao contrário da esquerda radical, a riqueza não pode ser inventada, não se podem distribuir notas às pessoas como no Zimbabwe porque aí haverá inflação mas também não se tirará aos ricos como na URSS porque aí deixarão de haver ricos porque ninguém está para sustentar os outros.


Eu seria de esquerda se a actual esquerda fosse sinal de liberdade e justiça mas não é, a esquerda quer impor que os mais capazes sustentem os outros, quer impor que ninguém tenha a liberdade de ser rico porque existem pobres. Isto não é liberdade, é opressão e inveja de quem não consegue apanhar os outros e prefere ser como a mulher da história de Salomão (escolhe não ter filho porque a outra não terá).


O fascinante é que isto em Portugal prolifera e porquê? 1545, 1945 e 1975.


Apenas terminando, se eu pudesse um dia reportar-vos o video que tenho dentro da minha cabeça isso seria a conjugação de tudo o que penso sobre Portugal e o Mundo:


-Miami, 2005, a cidade está infestada de riqueza e numa esquina prega um homem com um cartaz às costas dizendo: A América é uma capitalista pecadora e cheia de luxúria! Neste momento passa um belo Hummer quando o Santo grita "Hey, Sinner!" De dentro daqueles vidros fumados apenas saí uma mão com um dedo no ar. A cidade permanece ao seu ritmo, o maluco ainda grita, mas ninguém lhe dará alguma vez ouvidos. Ele prossegue mais uma vez sozinho na sua razão.


Quatro anos passaram e este fim-de-semana voltei a ver "esse mesmo homem": desta vez estava no metro pregando a lenga-lenga de sempre, quando por ele passavam Árabes e as suas pulseiras de diamante, caminhando em harmonia com Judeus e as suas tranças, aliados a Indianos ou Russos com os seus Blackberrys. Também havia “sinners!” mas obviamente a cena repetiu-se: Londres permaneceu ao seu ritmo, o maluco ainda gritou, mas ninguém alguma vez lhe deu ouvidos.


Mas porque somos assim? Porque o "esse mesmo homem" emigrou para Portugal e hoje domina 12% do nosso eleitorado.

17 comentários:

  1. Li este artigo até ao final do segundo parágrafo e parei aí porque nao consegui entender como é que alguem que fala com tanta autoridade, dizendo que Portugal caíu na miséria e no inculto, depois da erros de português e de história tão básicos que nem um miudo do 6º ano deve dar.

    Eis uma listagem dos que encontrei ate ao final do segundo paragrafo:

    1- oposta "de" Lisboa
    correcção:oposta "a" Lisboa

    2- "(...) a diferença entre nós e eles(...)"
    Só poderás usar uma catáfora se tiveres enunciado previamente o sujeito substituido por"eles"

    3-Encontrão???
    Inacreditável, só se usa o ditongo "ão" em tempos verbais do futuro; a forma correcta é encontram

    4- "(...) Comboio que vimos a perder (...)
    Erro claro da utilização do verbo "ver" que deveria ser reposto pelo preterito perfeito do verbo vir na 1ª pessoa do singular modo indicativo: viemos.

    5-Foi no sec XVI que Portugal este no seu momento mais prospero da sua historia ,que se prolongou ate aos inicios do sec XVII, e nao
    o seu ponto de ddecadência

    6-"descobrimentos"; "humanismo" e "renascimento" sao termos que implicam a utilização de maiúscula pois sao nomes proprios de intervalos históricos

    Descobrimentos; Humanismo e Renascimento

    7-Com os rumores que a fé tomava

    A Fé(pois te referes a uma instituição e não a uma expressão vulgar) nao tomava rumores. Quanto baste, temia os rumores

    8-Cardiais do mundo conhecido
    8.1-CardEais e nao cardIais
    8.2-Nao faz qualquer sentido "convocar cardeais de mundo desconhecido" porque se são cardeais pre-supome-se que a Igreja os conhece.

    9 e último para poupar a humilhação - Enveja....
    É inveja que se escreve


    Isto sao fundamentos para uma sugestão: antes de criticar os outros devemo-nos criticar a nós próprios pois poderemos falar com uma legetimidade maior.

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  2. Aceito toda as suas críticas, visto que este texto foi escrito à pressa e eu não saber escrever.
    Não sei mesmo, muito obrigado, devia tê-lo revisto.

    Apenas algumas notas:

    2- "(...) a diferença entre nós e eles(...)"
    Só poderás usar uma catáfora se tiveres enunciado previamente o sujeito substituido por"eles"- é intencional só denunciar o objecto da comparação no final do texto.

    3-5-Foi no sec XVI que Portugal este no seu momento mais prospero da sua historia ,que se prolongou ate aos inicios do sec XVII, e nao
    o seu ponto de ddecadência- De português não sei, mas de economia e pensamento social penso que ainda não estou acabado. Leia as causa da decadência dos povos peninsulares por favor.

    7,8- Em nenhum momento do texto se fala de "rumores"- A Fé(pois te referes a uma instituição e não a uma expressão vulgar) nao tomava rumores. Quanto baste, temia os rumores.

    8- Nunca é escrito "cardIAis"

    8.2-Nao faz qualquer sentido "convocar cardeais de mundo desconhecido" porque se são cardeais pre-supome-se que a Igreja os conhece.- Critica gratuita e sem sentido, é uma maneira de se designar o Mundo desenvolvido em tempos passados.

    9 e último para poupar a humilhação - Enveja....
    É inveja que se escreve- Pegue nos Lusíadas estrofe 1102, última palavra da oitava estrofe antes de fazer figuras parvas.

    Peço-lhe duas coisas, uma que se identifique, óbvio que não é obrigatório, mas como o Blog é recente, gostava de saber como chegou até ele.

    A segunda é que me envie o link do texto que comentou, certamente não foi este.

    Melhores Cumprimentos

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  3. http://idadeparapensar.blogspot.com/2009/05/o-porque-de-sermos-assim.html

    tendo em conta que você também não se identifica, deverá compreender os meus motivos

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  4. Cheguei agora a casa e tive maior atenção ao comment que o Sr.Anónimo mandou.

    De facto, o ponto 1- oposta "de" Lisboa
    correcção:oposta "a" Lisboa- está correcto, obrigado, já emendei.

    3-Encontrão???
    Inacreditável, só se usa o ditongo "ão" em tempos verbais do futuro; a forma correcta é encontram- Sim, esta até eu sei, deve ter sido correcção automática do Pages, mas obrigado na mesma.

    4- "(...) Comboio que vimos a perder (...)
    Erro claro da utilização do verbo "ver" que deveria ser reposto pelo preterito perfeito do verbo vir na 1ª pessoa do singular modo indicativo: viemos.- A sua correcção não se encontra certa, a expressão utilizada refere-se ao "comboio" do desenvolvimento que temos vindo (continuamente) a perder.


    "o presente do indicativo (venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm). Geralmente usa-se o presente quando se trata de um facto habitual"
    (O único erro poderá ser a utilização da palavra "comboio" em lugar de "eléctrico", para honrar o final dos Maias :) )


    Assim ficamos, muito obrigado pela sua participação e pelo reparo nos dois verdadeiros erros, assumo inteiramente as culpas pelo "oposto a", já o emendei.
    Mais uma vez, peço desculpa por não ter feito uma revisão mais cuidada.


    Em relação ao facto de não se identificar, ok, fair enough, fica apenas o meu desejo que se encontre a milhares de km's daquim como prova do crescimento do blog :P

    Melhores Cumprimentos

    PS: Aprendemos uns com os outros.

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  5. A carga genetica, que nos faz tre pan ico do investimento, e gastar todos os tostões em "coches de ouro", é o principal culpado do atraso em que vivemos. É óbvio que a igreja tambem ajudou ao atraso e que o PREC não ajudou ( tal como não ajudou o tempo em que o país não se desenvolveu com Slazar no poder, mais uma vez pela falta de insvestimento).

    Este blog, foi fundado com a intenção de discutir ideias, e não de discutir gramática. Infelizmente, há sempre (em todos os blogs) um chico esperto que vem em anónimo corrigir erros de ortografia.

    Não tem nada a dizer sobre o atraso nacional ? É culpa dos erros de ortografia deste texto ?
    Parece-lhe ?
    (porque estarei a tratar por você alguem que nao tem coragem sequer para se identificar?)
    Achas que é isso ? Se tens alguma idea para debater, criticar ou acrescentar bem vindo sejas, se só tens erros de ortografia vai ler gramáticas e desaparece daqui.

    E antes de criticares ( ou devo dizer corrigires?) os autores deste blog ganha tu coragem e assume a tua identidade. Ganha espinha, assume o que dizes.

    p.s- escusas de responder que não perco mais tempo contigo. (corrige o "igreja" que escrevi com minusculas, mas para mim a igreja não merece ser escrita com maiuscula)

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  6. Falo por mim, não falo por mais nenhum dos membros do blog.

    p.s- peço desculpa por algum excesso de agressividade que possa ter cometido

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  7. Pedro, eu até acho bem o que este Sr. fez, andou a caça de erros e encontrou dois, um pelos quais assumo inteiramente a responsabilidade, o outro, como já verifiquei, foi erro do pages. (mas o maior erro foi eu não o ter visto, eu sei). Mas pronto os outros 8 erros são um disparate e um bom caso para dizer "mais valia ter estado calado" porque a sua falta de cultura fez com que não compreendesse as referências do texto.

    Melhores Cumprimentos.

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  8. E agora esquecendo o senhor anonimo, e os erros de ortografia, o texto mesmo assim esta muito bem escrito.
    Embora discorde de algumas coisas, por exemplo que no ultimato mostramos falta de garra, Portugal nao poderia nunca competir com o gigante ingles, o rei mostrou inteligencia ao ceder, guerras so trazem momentos de grande crise (principalmente para quem perde, que seriamos nos), veio a morrer por isso e outros factores combinados, o povo portugues mostrou a sua garra atraves do descontentamento e pelo regicidio.)
    De resto acho que captas de forma brilhante o que nos leva a ter a mentalidade que temos e por consequencia a economia e estrutura social em que parrticipamos.
    E por isto que estas aqui, na tua area, es o melhor da tua "idade"...;)

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  9. Muito Obrigado Francisco, finalmente alguém que entende! :D

    Melhores Cumpts

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  10. A minha visao da vida social do homem e exactamente igual a tua, simplesmente tu baseiaste nas regras de mercado para as explicar, eu baseio-me nas regras biologicas para o fazer...

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  11. Olha olha, o Sr. Anónimo, Mestre da Ortografia nem sabe escrever legitimidade... E nem digo mais nada, "para poupar a humilhação".

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  12. A sério, já se reparou que o Sr. Anónimo só fez asneiras, pronto lá apanhou 2 erros, mas o resto foi a total pata na poça, apenas aceitável a alguém sem a mínima cultura literária e histórica.

    Agora, comentem o texto em vez da gramática.
    "A língua é um código para ser entendido, não estudado".

    Melhores Cumpts

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  13. Partilho contigo, as razões que dizes terem contribuido para a decandência de Portugal.Contudo, com o objectivo de dar a minha colaboração para este blog, irei referir outros acontecimentos, que na minha óptica também provocaram o abatimento e enfraquecimento de Portugal.

    -Expulsão dos Judeus

    Hoje em dia, ninguém nega o papel preponderante que os Judeus tiveram nos Descobrimentos portugueses: com conhecimento científico avançado e habilidade no ofício dos negócios, ajudaram na exploração do desconhecido, desempenhando diversas funções como astrónomos, cartógrafos, etc… Após a sua expulsão de Espanha, o Rei D. Manuel foi pressionado pelos Reis Católicos para que o mesmo acontecesse em Portugal. Deu-se então a sua saída, e os que cá ficaram tinham duas opções: a conversão ou a execução. A maior parte converteu-se, mas mesmo assim foram perseguidos pela Inquisição. Em suma, a expulsão dos Judeus provocou o desaparecimnto de uma elite cultura e económica muito importante, que bastante contribuí e poderia ter contribuído mais, para o sucesso de Potugal.

    -Batalha de Alcaçer Quibir e a Perda da Independência

    O desastre na Batalha de Alcaçer Quibir e a consequente Perda de Independência constituíram acima de tudo um desaparecimento de Portugal como um agente importante no teatro político global. Quando em 1640 Portugal recuperou a independência, havia novos intervenientes na disputa colonial, e o nosso país, que teria ainda de passar por uma Guerra prolongada com Espanha, limitou-se a manter e por vezes reconquistar as colónias que achava mais importantes. Ou seja, durante o reinado dos Filipes, Portugal foi perdendo o seu vasto Império colonial para outros países ( Holanda, França e Inglaterra) e apenas valorizou o Brasil e uma parte de África, que prosperavam respectivamente na indústria do açucar e no negócio dos escravos. O resultado final da perda da soberania em 1580 foi a extinção da maior parte do Império do Oriente e a passagem de Portugal para segundo plano como actor preponderante na cena internacional.

    -Tratado de Methuen

    No inicio do século XVIII, Portugal atravessava sérias dificuldades económicas: a Guerra da Restauração tinha consumido as suas reservas e a competição no mercado de produtos coloniais não permitia o seu desenvolvimento comercial.Porém , foi também no início do século XVIII, que o Brasil mostrou a sua capacidade mineira, ao serem descobertas grandes quantidades de ouro e diamantes. A quantidade de ouro que proveio nos ciquenta anos seguintes, poderia certamente ter transformado Portugal numa potência económica de relevo mundial. No entanto, em 1703, Portugal assinou com Inglaterra o tratado de Methuen, que tinha como condições o facto de Inglaterra escoar para Portugal os seus produtos maufacturados a troco dos vinhos de Portugal. Deste modo, o tratado acabou por não permitir o desenvolvimento da indústria em Portugal, contribui para que o ouro do Brasil, em vez de ser investido no nosso país, rumasse a Inglaterra para pagar as importações, e por fim serviu para que se acentuasse um processo de dependência face a Inglaterra que se iria intensificar nos séculos seguintes.

    -Aposta nas obras públicas de Fontes Pereira de Melo

    A entrada de Portugal no século XIX foi um pouco atribulada: sofreu as Invasões Francesas que delapidaram profundamente o seu património (1807-1814), a corte fugiu para o Brasil (1808), mudou o seu sistema político de Absolutista para Liberal (1820) e passou por uma Guerra Civil (1824-1834). Por volta de meados do século XIX, após Portugal ter atingido uma relativa estabilidade, entrou-se numa nova fase da política portuguesa que tinha como objectivo recuperar o atraso de Portugal face aos restantes países da Europa. Este período ficou conhecido por Regeneração e o seu principal protagonista foi Fontes Pereira de Melo. A primeira medida tomada foi a criação do Ministério das Obras Públicas do qual Fontes Pereira de Melo ficou encarregue. Para modernizar Portugal, projectou-se a construção de estradas, iniciou-se a construção das primeiras linhas de caminho de ferro, instalou -se a primeira linha telegráfica, entre muitas outras coisas. Porém, Portugal não tinha capitais para financiar estes projectos e por isso endividou-se no estrangeiro para os poder realizar. É óbvio, que Potugal fez um investimento de tal envergadura, esperando obter uma resposta dos comerciantes nacionais que acompanhariam o estímulo da economia. Dessa forma, seriam então gerados lucros que pagariam as dívidas ao estrangeiro. Contudo, mais uma vez, não houve uma resposta por parte do tecido comercial português e o reultado final foi a constituição de uma dívida brutal face ao estangeiro.

    No que diz respeito à História recente, penso que referiste os pontos essenciais que marcaram as etapas menos boas do século XX português.

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  14. A sério, quem és tu e porque perdes tanto tempo em escrever estes comentários destrutivos quando pudias estar a fazer qualquer coisa que melhorasse a tua vida sexual? Apesar de tudo, há limites.

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  15. "Obrigado, as minhas preces foram ouvidas". Estou muito agradecido pelo seu comentário Sr.Anónimo, assino-o por baixo.

    Apenas discordo um pouco da parte das obras públicas de Fontes Pereira de Melo, a culpa nesse caso não foi do ministério, que até agiu bem com tamanho investimento público (uma boa batota para o PIB quando não há investimento privado) mas como o Sr. disse, da incapacidade do tecido empresarial português acompanhar as mudanças feitas (quiçá pelas razões anteriormente apresentadas) e termos caído no poço do défice.

    Este post estava realmente mal feito, foi apressado e já jurei para nunca mais mexer em matérias delicadas de maneira tão descuidada e a prova disso é que me esqueci de uma parte tão importante que o aqui foi dita, a expulsão dos judeus (mesmo que toque a contra-reforma, este assunto merecia um parágrafo só seu).
    E se as suas consequências não conseguem ser medidas, convido apenas que se olhe para o desenvolvimento da Flandres após a imigração semita, para se perceber como esta comunidade actua nos sítios onde está (não querendo ir mais longe e falando da fuga judáica para os EUA e posterior hegemonia americana).

    Por aqui me fico, convidando a pessoa que fez este comment a participar mais vezes, que é para debater ideias com pessoas como esta que aqui estamos.

    Melhores Cumpts

    PS: Foi o Sr. que fez os primeiros comentários neste post? É que senão, pedia-lhe que utilizasse um pseudónimo ou algo do género para podermos distinguir o trigo do joio.

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  16. Tendo acidentalmente colocado a designação de anónimo, acabei por ser confundido por membros do blog, com o anónimo que provavelmente não tendo nada para fazer anda a criticar a grámática deste texto. Para acabar com as confusões que estão a fazer com que a minha intervenção seja renegada à partida, irei apenas dizer que sou colega do autor do texto e que fui convidado por este, na semana que passou, para comentar o seu blog. A partir de agora, com o intuito de ser identificado, irei usar o pseudónimo Bandarra.

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  17. Esperando já, que os equívocos estejam resolvidos, quero resalvar que não quis transmitir a ideia de que o Ministério das Obras Públicas agia de uma forma errada. A sua actuação foi correcta. O problema foi a inexistência de uma resposta por parte dos comerciantes, que como eu disse, tinham de acompanhar o estímulo da economia, através da iniciativa privada. Tal não aconteceu, e por isso Portugal ficou em sérias dificuldades financeiras.

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